A LETRA PERDIDA DA INTRODUÇÃO DO HINO NACIONAL
A parte apenas musical que as bandas tocam no início das execuções do Hino Nacional já teve uma letra, que mais tarde foi retirada da versão oficial do Hino.
Os versos foram feitos pelo então governador do Rio de Janeiro (na época, o cargo era designado presidente), o paulista de Pindamonhangaba Américo de Moura Marcondes de Andrade. Os versos foram cantados muitas vezes. Quem tem mais de 80 anos deve ter cantado em alguma solenidade estes versos enquanto a banda executava os acordes iniciais.
Depois da mudança, todos passaram a ficar em silêncio até que os acordes sejam concluídos e então começam a cantar "Ouviram do Ipiranga as margens plácidas..."
"Espera o Brasil que todos cumprais com o vosso dever
Eia! Avante, brasileiros! Sempre avante
Eia! Avante, brasileiros! Sempre avante
Gravai com Buril nos pátrios anais o vosso poder
Eia! Avante, brasileiros! Sempre avante
Eia! Avante, brasileiros! Sempre avante
Servi o Brasil sem esmorecer, com ânimo audaz
Cumpri o dever na guerra e na paz
À sombra da lei, à brisa gentil
O lábaro erguei do belo Brasil,
Eia! sus*, oh, sus!".
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Depois da mudança, todos passaram a ficar em silêncio até que os acordes sejam concluídos e então começam a cantar "Ouviram do Ipiranga as margens plácidas..."
Não existe nenhuma teoria da conspiração para justificar o desaparecimento da letra da primeira estrofe do hino nacional, mas acredita-se que ela foi retirada durante os anos 1930. São justamente desta época, os últimos relatos de brasileiros que aprenderam e cantaram o hino com o trecho. Nas décadas seguintes, inexplicavelmente, ele foi suprimido do hino, mas mantiveram a parte instrumental.
Com o golpe que derrubou o Império, em 1889, o novo governo logo se empenhou em sepultar os legados monárquicos e substituí-los por símbolos nacionais republicanos. Por isso, organizou um concurso público para escolher um novo hino.